Tristeza, ansiedade ou inquietação e outros tantos distúrbios frequentemente vinculados ao estresse podem estar ligados a deficiências nutricionais (alimentação inadequada ou má absorção de nutrientes).
Nutrientes (ou a falta deles) impactam a química corporal e a produção de neurotransmissores responsáveis pela sensação de felicidade.
Nossa alimentação afeta diretamente nosso estado emocional, e o estado emocional influencia escolhas alimentares. Percebe o perigo da falta de atenção e de autocuidado? Devido a um diálogo desagradável, você pode cair em um ciclo vicioso.
Por isso, atente-se aos carboidratos em excesso, especialmente os refinados. Eles aumentam rapidamente os níveis de insulina no sangue, provocando os chamados picos de insulina que resultam em uma sensação de bem-estar semelhante a uma recompensa. Em seguida, vem o efeito rebote e você se sente mal. Nesse momento, seu cérebro vai exigir mais carboidratos, preferindo aqueles de alto índice glicêmico/insulinêmico, ou seja, aqueles que induzirão a outros picos de insulina.
Quando estiver desanimado, saia para correr, participe de aula de boxe e, brincadeiras à parte, evite carboidratos e açúcares. Manter sua insulina estável, com alimentação à base de plantas, ajudará a evitar flutuações de humor, tristeza e inquietação.
aLIMENTOS PARA A SAÚDE MENTAL
- Alimentos ricos em triptofano: essencial para a produção de serotonina, presente na banana, em leguminosas, aveia, linhaça, quinoa, oleaginosas, kefir, sementes de abóbora e de girassol, cacau.
- Vitaminas do complexo B: especialmente B1, B8, B9 e B12, que têm uma ação na regulação do estado emocional. Carne, ovos, vegetais de folha verde-escura, feijão, amendoim.
- Ômega 3: peixes, linhaça e chia.
- Selênio: cacau, oleaginosas em geral. As nozes também possuem ômega 3 e triptofano, e são benéficas para a saúde mental. Não por acaso, elas se assemelham a um cérebro!
- Gorduras saudáveis: azeite, abacate, coco e as oleaginosas novamente!
Também é crucial:
- Cuidar da saúde do intestino: nele é produzida grande parte da serotonina. Suas escolhas alimentares nutrem bactérias benéficas ou prejudiciais no intestino, e podem levar ao desequilíbrio da microbiota (disbiose), afetando essa produção de serotonina. Alimentação saudável, comida de verdade, probióticos (fermentados) e prebióticos (fibras) ajudam.
- Evitar alimentos industrializados, carentes de nutrientes devido ao processamento e com aditivos, associados a flutuações de humor.
- Suplementar Vitamina D e fitoterápicos como camomila, maracujá, erva de São João (sempre com orientação de nutricionista ou médico), pode melhorar todos os quadros de tristeza e inquietação.
- Além da alimentação, considere praticar regularmente exercícios físicos, manter-se hidratado, ter um bom sono e gerenciar o estresse.
- Em última análise, lembre-se sempre da importância de se informar continuamente sobre uma alimentação saudável para garantir uma vida longa e vibrante. Busque conhecimento adicional sobre nutrição e hábitos alimentares equilibrados para alcançar não apenas uma boa saúde mental, mas também um bem-estar duradouro. Seu corpo e mente agradecerão por isso.
A SABER:
O Índice Insulinêmico dos alimentos é uma medida usada para quantificar a resposta da insulina a vários alimentos. Este índice é bastante semelhante ao Índice Glicêmico e à Carga Glicêmica, mas em vez de medir os níveis de açúcar no sangue, o Índice Insulinêmico está baseado nos níveis de insulina no sangue.
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